Anelídeos
Os Anelídeos
Encontrados em ambientes terrestres, marinhos e dulcícolas, os anelídeos são vermes de corpo alongado, cilíndrico e dividido em anéis, também chamados segmentos ou metâmeros.
A metameria (divisão do corpo em metâmeros) é exposta tanto internamente quanto externamente, como cada anel abriga diversos órgãos, nervos, estruturas musculares e unidades excretoras.
Características gerais dos anelídeos:
- Possuem simetria bilateral;
- Possuem sistema cardiovascular, presente pela primeira vez na escala evolutiva dos animais. O sangue desloca-se por um sistema fechado de vasos e contém pigmentos respiratórios dissolvidos no plasma;
- A parede do corpo contém uma musculatura bem dissolvida e capaz de permitir o movimento do animal;
- O sistema digestório é completo, com boca e ânus. A excreção é realizada por estruturas denominadas nefrídios, que eliminam excretas através de poros que se abrem na superfície do corpo;
- Muitos têm respiração cutânea, ou seja, as trocas gasosas entre o organismo e meio são realizadas através da pele. Outros, que são aquáticos, respiram pelas branquias, filamentos delicados dotados de vasos sanguíneos que, por difusão, retiram gás oxigênio da água.
Obs.: As minhocas atuam como verdadeiras "arados naturais", construindo geleiras subterrâneas, revolvendo o solo e, assim, aumentando sua aeração e a drenagem da água. Ao mesmo tempo, enterram folhas e depositam fezes na terra, contribuindo para a formação do humo, matéria orgânica que fertiliza o solo.
Podem ser usadas para a fabricações de rações de animais, já que a "carne" de minhoca é relativamente rica em proteínas. Atualmente a farinha de minhoca é usada na confecção de bolos, biscoitos, salgadinhos e outros produtos destinados a nutrição humana.
Nas minhocas, o pigmento respiratório é a hemoglobina, molécula de natureza proteica e portadora de ferro em sua estrutura. Outros tipos de pigmentos respiratórios, podem ser verificados entre os anelídeos; é o caso da hemocianina, molécula que possui cobre em sua estrutura.
Classificação dos anelídeos:
As classes em que os anelídeos se dividem são determinadas através da presença ou não de cerdas. Assim, esses animais podem ser classificados em poliquetas, oligoquetas e aquetas - ou hirudíneos.
POLIQUETAS
O palolo (Eunice virids) e a nereida (Nereis sp.) são exemplos de poliquetas. Animais marinhos, em sua maioria, os poliquetas possuem hábitos de vida bem diversos.
Alguns são errantes e predadores, com a cabeça que exibe órgãos sensoriais representados por olhos e tentáculos. Em cada anel, esses animais possuem um par de apêndices denominados parapódios, que são associados à locomoção, pois é aí que se inserem numerosas cerdas.
Também existem poliquetas fixos, que exibem na cabeça filamentos branquiais responsáveis pelas trocas gasosas e pela captura de alimentos; nesses animais, os parapódios são em geral pouco desenvolvidos.
Os poliquetas são dioicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.
OLIGOQUETAS
Os oligoquetas (minhocas) são animais terrestres ou dulcícolas, monoicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto (sem produção de larvas). As cerdas, menos numerosas que nos poliquetas, são curtas e implantadas diretamente em cada segmento do corpo.
AQUETAS
Também chamados hirudíneos, são destituídos de cerdas e representados pela sanguessugas. Os aquetas são monoicos e com desenvolvimento direto, e podem ser terrestres ou aquáticos.
As sanguessugas podem ser predadoras ou parasitas. As espécies parasitas fixam-se no hospedeiro pleas ventosas. Então, por meio de pequenos dentes, "raspam" a pele da vítima, provocando hemorragia e sugando o sangue liberado. São capazes de ingerir um volume de sangue correspondente a várias vezes o de seu próprio corpo. A saliva das sanguessugas contém uma substância denominada hirudina, com ação anticoagulante.
REPRODUÇÃO DOS ANELÍDEOS:
Como exemplo para a reprodução dos anelídeos será usada a minhoca. A minhoca possui uma estrutura denominada clitelo, que também participa da reprodução. O clitelo produz um casulo, dentro do qual são liberados os óvulos maduros. O casulo, então desliga-se do clitelo e desloca-se para a extremidade anterior da minhoca; ali, recebendo espermatozoides de outra minhoca, ocorre a fecundação dos óvulos. Note que, apesar de hermafroditas, a minhoca realiza apenas fecundação cruzada.
Após a fecundação, o casulo separa-se do corpo. Em seu interior, os óvulos fecundados se desenvolvem e originam minhocas jovens, sem estágio larval, o que caracteriza o desenvolvimento direto.
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